O diretor Terry Gilliam criou O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus - que estreia sexta, nos cinemas - como um filme de acontecimentos extraordinários, em que a magia, muitas vezes, sobrepõe à realidade. Só para se ter uma ideia, o personagem-título (Christopher Plummer) é líder de trupe teatral que, em perigoso jogo de cartas com o Diabo em pessoa (o músico Tom Waits), conquista a imortalidade em troca de entregar sua única filha, Valentina (Lily Cole), assim que complete 16 anos, coisa que acontece no início da trama.
No meio das filmagens, em 2008, um duro golpe obrigou a produção a ser ainda mais criativa. O australiano Heath Ledger, que tinha um dos principais papéis na trama, morreu, depois de acidentalmente exagerar na dose de medicamentos para dormir. Arrasado, o diretor pretendia cancelar o filme. Ledger, então com 29 anos, estava no auge. Seu desempenho como Coringa gerava tremenda expectativa a poucos meses da estreia de Batman - O Cavaleiro das Trevas (o papel lhe rendeu o Oscar póstumo de ator coadjuvante no ano passado). Foi então que a equipe resolveu encarar Dr. Parnassus como homenagem ao jovem e voltou aos estúdios.
O contexto fantástico do longa-metragem ajudou na continuidade sem o ator. Tony, o personagem de Ledger, é um tipo misterioso por quem Valentina se apaixona. Ele é aceito na companhia de teatro e passa a fazer parte das apresentações. A cena em que Ledger entra no espelho mágico de Parnassus serviu de base para a reviravolta. O diretor imaginou então que cada vez que Tony repetisse a experiência, apresentaria novas características. Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell foram escalados para viver as novas faces do personagem. O trio doou o cachê para Matilda, única filha de Ledger, hoje com 4 anos.
Fonte: Diário do Grande ABC
domingo, 2 de maio de 2010
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