sábado, 23 de maio de 2009

Novo clip de Heath Ledger em 'Doctor Parnassus'

Coletiva de imprensa de Doctor Parnassus em Cannes

A atriz Lily Cole, o diretor Terry Gilliam e o ator Andrew Garfield apresentam em Cannes o filme "The Imaginarium of Doctor Parnassus"

O diretor Terry Gilliam brinca com Lily Cole, Verne Troyer e Andrew Garfield, do elenco do filme

Terry Gilliam brincando com Verne Troyer.


Parte 1:



Parte 2:




Parte 3:



Parte 4:

Um filme de Heath Ledger e seus amigos

Filme interrompido com a morte de Heath Ledger é exibido em Cannes

O americano Terry Gilliam, ex-integrante do grupo Monty Python e diretor de filmes como "Os 12 Macacos" e "Os Irmãos Grimm", conseguiu um desses milagres de que só o cinema é capaz. Ele exibiu hoje em Cannes, fora de competição, a maravilhosa fantasia "The Imaginarium of Doctor Parnassus".

Heath Ledger em cena do filme "The Imaginarium of Doctor Parnassus", de Terry Gilliam

Gilliam quase desistiu de concluir o filme depois da morte de Heath Ledger, um dos principais atores do filme. Conseguiu terminar o trabalho graças à ajuda dos amigos do ator - Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell -, que se dispuseram a participar do filme fazendo as cenas que faltavam a Tony, personagem do ator australiano. Os três trabalharam sem cachê - o dinheiro que ganhariam foi doado a Matilda, filha de Ledger. Ao final do filme, aparece o crédito "Um filme de Heath Ledger e seus amigos".

Como "Parnassus" é uma fantasia na linha dos filmes anteriores de Gilliam, e não um drama naturalista, Gilliam inventou transições entre um ator e outro que se encaixam perfeitamente na história - poderia se dizer que estavam no roteiro desde o início. Ledger coloca uma máscara de teatro, e quem a tira é Johnny Depp. Os outros personagens estranham a mudança de rosto, mas Tony (Jude Law) diz: "Você não acredita na imaginação? Então é hora de usá-la!" O filme só guarda uma grande ironia: a primeira cena de Ledger no filme mostra Tony tentando se suicidar, enforcado em uma corda pendurada em uma ponte.

No filme, o doutor Parnassus (Christopher Plummer) é um quase-mendigo que anda com sua trupe teatral decadente pelas ruas de Londres acompanhado de um anão (Verne Troyer, de "Austin Powers"), a filha e um rapaz. Na verdade, ele é o guardião milenar das histórias que movem o mundo, e fez há mil anos um pacto com o diabo (o músico Tom Waits, à vontade no papel). Logo, ele conhece Andy (Ledger, Depp, Law, Farrell), um misterioso ex-milionário que abandonou sua fortuna e de passado misterioso.

"Tony passa três vezes pelo espelho mágico de Parnassus, então tive a idéia de usar cada um dos três atores para cada uma das passagens", explicou Gilliam. "Heath morreu há um ano e meio, mas continuei com ele durante meses na sala de montagem. Por isso, tenho a impressão de que ele se foi há menos tempo".

Gilliam agradeceu o trabalho de Depp, Law e Farrell no filme. "Eles foram incrivelmente generosos. Não precisei mudar nenhuma linha dos diálogos".

O filme foi aplaudido de pé no final da exibição.

Fonte: Uol

Verne Troyer rouba a cena no tapete vermelho em Cannes

O ator integra o elenco de 'The imaginarium of Doctor Parnassus'.
Filme de Terry Gilliam traz a última atuação de Heath Ledger no cinema.Da esquerda para a direita, a equipe do filme 'The imaginarium of Doctor Parnassus': o produtor Samuel Hadida, a atriz Lily Cole, o ator Verne Troyer, o diretor Terry Gilliam, o ator Andrew Garfield, e os produtores Amy Gilliam e Victor Hadida.

Bem-humorada, a equipe do filme 'The imaginarium of Dr Parnassus' se abaixou na hora de tirar a foto no tapete vermelho em Cannes nesta sexta-feira (22). Tudo para ficar na mesma altura do ator Verne Troyer.

Fonte:
G1

Filme póstumo de Heath Ledger estreia em Cannes

Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell substituiram o ator em cena.
Família, que incentivou continuidade do projeto, ainda não o viu.

Heath Ledger em ''The imaginarium of Doctor Parnassus'' (Foto: Reprodução)

O último filme de Heath Ledger - "The imaginarium of Doctor Parnassus", dirigido por Terry Gilliam - com uma interpretação que trata entre outros temas da imortalidade, estreou nesta sexta-feira (22) no Festival de Cannes.

O ator australiano, que morreu em janeiro de 2008, teve que ser substituído durante a filmagem por três "dublês" de luxo: Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell, dos quais Gilliam destacou sua "coragem e generosidade" por se atreverem a representar o personagem de Ledger.

Exibido fora da competição no Festival de Cannes, o filme conta a história do Doutor Parnassus (papel interpretado por Christopher Plummer) e seu mundo imaginário, vivido nas ruas de uma Londres contemporânea em forma de teatro ambulante ele mesmo e outros três atores.

O contador de histórias que é Parnassus oferece a possibilidade de entrar em seu mundo imaginário através de um espelho, uma habilidade que obtém mediante um pacto com o diabo (encarnado por Tom Waits, em uma brilhante e irônica interpretação do mal) que o tornou imortal, embora a um alto preço.

Ao grupo se incorpora um farsante (Tony, o papel de Ledger-Depp-Law-Farrell) que ajuda Parnassus a cumprir os termos de um fatal pacto diabólico para evitar o desaparecimento de sua filha (Valentina interpretada por Lily Cole).

O filme faz referências ao ex-primeiro ministro britânico Tony Blaire e à morte do "banqueiro de Deus", Roberto Calvi, presidente do Banco Ambrosiano e que apareceu enforcado, após ser condenado por crimes financeiros, esclareceu Gilliam.

Referências político-criminais à parte, a imprensa internacional mostrou mais interesse em saber como o diretor lidou com a falta de Ledger. "Todos trabalharam muito e durante mais tempo porque gostavam dele", disse Gilliam, revelando que a família do ator falecido, que o encorajou a continuar o projeto, ainda não viu o trabalho póstumo do ator, que ganhou o Oscar de melhor ator coadjuvante por "Batman - O cavaleiro das trevas" semanas depois morrer.

A mutação de Ledger em Depp, depois em Law e finalmente em Farrell funciona magicamente como consequência do uso do elemento espelho que é decisivo na ação e não pela contribuição de uma manipulação com técnicas digitais, o que dá continuidade à história.

As explicações dos produtores não foram além de classificar o filme como um "conto moral fantástico" que trata essencialmente da tentação que o ser humano tem de não resistir perante a possibilidade de tornar sua vida mais "alegre".

Fonte:
G1

Última atuação de Heath Ledger chega às telas em Cannes

A última performance do ator australiano Heath Ledger antes de morrer de uma overdose acidental de medicamentos, em janeiro de 2008, quase não chegou à tela grande, revelou o diretor norte-americano Terry Gilliam na sexta-feira.
Quando Ledger morreu, em Nova York, a primeira reação do diretor foi abandonar "The Imaginarium of Doctor Parnassus", que estava apenas semiacabado.

Mas, incentivado por pessoas à sua volta a continuar, e com a ajuda dos atores Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell, que representaram o personagem de Ledger em três sequências de sonho separadas, Gilliam acabou concluindo o filme.

Ele decidiu usar três atores em vez de um para completar o papel de Tony. Isso foi possível porque eles aparecem numa terra da imaginação, à qual se ingressa através de um espelho mágico.

"Comecei a ligar para amigos. Liguei para Johnny Depp e ele disse 'já estou aí'. Basicamente, telefonei para pessoas que conheciam Heath e o amavam", afirmou.

"Todo o elenco e as pessoas da equipe técnica estavam decididos a concluir este filme. Todos trabalharam mais e por mais tempo, e de alguma maneira concluímos o filme. Foi realmente o amor das pessoas por Heath que levou esse projeto adiante."

Gilliam elogiou Ledger, que recebeu um Oscar póstumo este ano pelo papel do Coringa no blockbuster "O Cavaleiro das Trevas", por seu entusiasmo e energia no set de filmagens.

"Heath estava se divertindo tanto e improvisava muito, coisa que eu na realidade não permito tanto assim em meus filmes. Ele infundia ânimo a todo o mundo. Ele era extraordinário, era quase exaustivo."

Heath Ledger representa Tony, que é encontrado enforcado de uma ponte em Londres mas é ressuscitado por Anton e Valentina, membros de uma trupe de teatro viajante que tem o poder de possibilitar às pessoas ingressarem no mundo de seus sonhos.

Christopher Plummer é o Doutor Parnassus, um homem que vive há séculos, desde que fez um pacto com o diabo, papel representado por Tom Waits.

O diabo pretende tirar a filha de Parnassus, Valentina, de seu pai quando ela completar 16 anos, mas dá a Parnassus uma última chance para salvá-la.

A ação passa das ruas de Londres e do interior de uma velha carroça para paisagens fantásticas, criadas com a ajuda de efeitos especiais, que representam a imaginação das pessoas.

Fonte: O Globo