segunda-feira, 31 de maio de 2010
Veja galeria com artes de Ledger como o Coringa
Confira as fotos das artes na galeria abaixo:
Veja galeria com artes de Heath Ledger, como o Coringa
Fonte: PipocaBlog
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Também postado na comunidade do orkut: Heath Ledger (O Sorriso Inesquecível)
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Mãe e irmã de Heath Ledger falam sobre Matilda, a filha do ator
Para receber o prêmio, a mãe do ator, Sally Bell, compareceu ao evento. “É uma honra ter uma bolsa de estudos com o nome dele. Eu acho incrível, o patrocínio que isso recebeu, a generosidade das pessoas”.
Quando perguntada sobre Matilda Rose, 4, filha de Heath com Michelle Williams, a avó coruja diz que ela é incrível. “Ela tem luz e é cheia de energia, como o pai – eu vejo muitas similaridades, então espero que Michelle esteja se preparando pra toda aquela energia".
As informações são do site Radar Online.
Fonte: Virgula
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Família de Heath Ledger ainda não vê os filmes do ator
A família de Heath Ledger esteve no Australians in Film Breakthrough Awards, evento que se realiza em Los Angeles. A irmã e a mãe do ator, Kate e Sally Bell estavam lá para prestigiar a entrega da Heath Ledger Scholarship, uma bolsa de estudos para atores iniciantes, para a atriz Bella Heathcote. Elas falaram sobre o ator a um repórter da revista People.
A irmã disse que o ator está em seu coração, e que conversa com ele todos os dias. Afirmou também que a bolsa de estudos é uma homenagem ao irmão, que elas não poderiam estar mais orgulhosas.
A mãe acrescentou que ele tinha uma enorme paixão por atuar, e que isso foi a coisa mais importante de sua vida. Ela disse que o importante não era o dinheiro, e que ele mostrou sua paixão pela atuação independentemente do tamanho do papel.
As duas afirmaram que se confortam em saber que o ator será imortalizado pelos filmes que fez, apesar de ainda não terem coragem de assisti-los. A mãe de Ledger também falou sobre Matilda, a filha dele com a atriz Michelle Williams. Ela disse que a garota é incrível e que continuam em contato com ela e com a mãe, passando a maior parte do tempo possível com elas. De acordo com ela, Matilda tem muitas características do pai, principalmente na maneira como se move.
Fonte: Terra
terça-feira, 11 de maio de 2010
Curiosidade sobre Dr. Parnassus
De acordo com Terry Gilliam, a última fala de Heath Ledger no set de filmagem foi "não atire no mensageiro". Quando Johnny Depp filmou este personagem após a morte de Heath, Depp perguntou a Gilliam se ele poderia adicionar uma nova fala "não atire no mensageiro", sem saber que Ledger havia improvisado uma fala idêntica. Gilliam ficou surpreso e falou "Heath ainda está por aí. Johnny está conseguindo sintonizar com Heath, de alguma forma. Quer dizer, Shirley MacLaine adoraria tudo isso".
Fonte: Depp Lovers
Terry Gilliam leva o Dr. Parnassus para além do País das Maravilhas
Gilliam conta a história do Dr. Parnassus (Christopher Plummer), artista mambembe que roda Londres com sua trupe apresentando um espetáculo bizarro. O público é convidado para atravessar um espelho (opa!) e entrar em um mundo fantástico criado pela sua imaginação. Ao lado do Doutor, a filha prestes a completar 16 anos (Lily Cole), um assistente apaixonado por ela (Andrew Garfield) e um anão (Verne Troyer) dono das melhores falas do filme.
A presença de Heath Ledger em seu derradeiro papel torna “O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus” um filme mais atípico do que ele já seria normalmente. O ator se foi antes de concluir o trabalho, obrigando Gilliam e seu co-roteirista Charles McKeown a reescrever algumas cenas e contar com a ajuda de alguns amigos famosos. A coisa ficou ainda mais louca, e o personagem de Ledger ganhou as faces de Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell, no tributo mais bacana que seus colegas poderiam fazer.
Além de uma solução criativa, a homenagem dá novo sentido a frases antológicas como “nada é permanente, nem a morte” ou “você não pode evitar que uma história seja contada”, transformando o circo de Gilliam em uma experiência quase metalinguística.
Não é seu melhor trabalho e está longe de ser um filme perfeito, mas o talento de Gilliam para o surreal, o visual arrebatador, o clima de magia decadente (lembranças de “As Sete Faces do Dr. Lao”, clássico da Sessão da Tarde) e as performances excepcionais de Ledger e Plummer fazem do “Dr. Parnassus” um filme diferente de tudo que tem saído nos cinemas nos últimos tempos. Obrigatório para quem não precisa de óculos especiais para entrar em mundos imaginários.
Fonte: Pipoca Moderna
Bilheteria de Dr. Parnassus no Brasil
Número de Cópias - 6
Público na Semana - 4.283
Semanas em Cartaz - estréia
Market Share - 0,32%
Público Total - 5.657
Arrecadação (em R$) - 51.661
Arrecadação Total (em R$) - 64.888
Fonte: E-Pipoca
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segunda-feira, 10 de maio de 2010
A Última Loucura de Heath Ledger
No roteiro, Tony surge pendurado por uma corda na ponte e é resgatado pela trupe, formada pelo mágico Anton (Andrew Garfield), o anão Percy (Verne Troyer) e a ingênua Valentina (Lily Cole). O mentor é o pai dela, Doutor Parnassus (Christopher Plummer). Ele tem 1.000 anos de idade e é capaz de levitar. Adquiriu tais poderes ao fazer um pacto com o senhor Nick (Tom Waits). Em troca, prometeu ao diabo que lhe daria Valentina, quando ela fizesse 16 anos.
CONTRASTE
A trupe do Doutor Parnassus apresenta uma peça fantástica (e anacrônica) nas ruas da Londres atual. Poucos assistem ao espetáculo
Gilliam pensou em parar. De notória má sorte, já havia passado por situações parecidas: em 2001, suspendeu as filmagens de seu Dom Quixote quando um ator ficou paralisado. Mas decidiu seguir. Tinha um número de sequências com Ledger suficiente para prolongar a vida do personagem por meio digital. Só teria de usar sua também famosa imaginação. Tratou de convencer três amigos de Ledger – Jude Law, Johnny Depp e Colin Farrell – a viver Tony além do espelho. Cada um viveu uma faceta do herói e, ao mesmo tempo, prestou tributo ao amigo. Assim, Dr. Parnassus ganhou novos ângulos de loucura e extravagância. O filme critica a leviandade da sociedade de consumo e defende a abolição da realidade. Mas a utopia se realizou no mundo concreto. Lá está Heath Ledger vivo, em imagens delirantes. Não poderia haver melhor legado. A arte venceu a morte.
Fonte: Revista Épocasábado, 8 de maio de 2010
Qual foi o melhor papel de Heath Ledger no cinema?
Seu último filme, O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus, chegou às telonas nesta sexta (7)
O australiano Heath Ledger, morto em janeiro de 2008, começou a brilhar nas telonas com o sucesso adolescente Dez Coisas que Eu Odeio em Você, em 1999. No ano seguinte, esteve em O Patriota ao lado de Mel Gibson. Depois, o astro trabalhou, entre outros, nos filmes Coração de Cavaleiro, Os Irmãos Grimm, O Segredo de Brokeback Mountain, Casanova, Candy, Não Estou Lá e Batman - O Cavaleiro das Trevas, longa pelo qual recebeu o Oscar póstumo na categoria Melhor Ator Coadjuvante. Nesta sexta-feira (7), os cinemas brasileiros receberam a obra O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus, de Terry Gilliam, que conta com a última interpretação de Ledger. Para homenagear o ator, o R7 selecionou seus principais trabalhos e quer saber: qual o melhor papel vivido por ele nos cinemas?
Vote!
Fonte: R7
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Resultados:
Coringa, de Batman - O Cavaleiro das Trevas (2008)
44,6%
Patrick Verona, de 10 Coisas que Eu Odeio em Você (1999)
19,3%
Ennis Del Mar, de O Segredo de Brokeback Mountain (2005)
16,1%
William Thatcher, de Coração de Cavaleiro (2001)
12,7%
Gabriel Martin, de O Patriota (2000)
3,5%
Giacomo Casanova, de Casanova (2005)
1,9%
Jacob Grimm, de Os Irmãos Grimm (2005)
0,9%
Anthony "Tony" Shepherd, de O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus (2009)
0,6%
Dan, de Candy (2006)
0,3%
Robbie, de Não Estou Lá (2007)
00,0%
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Estréia de Dr. Parnassus no Brasil
O site Omelete está dizendo que o filme só vai estrear em São Paulo e no Rio de Janeiro, mas na página do filme no Imdb diz que nessa data, "Dr. Parnassus" vai estrear em todo o Brasil.
Mas as vezes acontece do filme estrear em algumas capitais primeiro e depois estrear no resto do Brasil, quem quiser saber se o filme vai estrear no seu estado, pode dar uma olhada nesse link das próximas atrações do Cinemark.
Quem não puder ver no cinema e estiver louco pra assistir o filme, aqui no blog já estão disponiveis os links para download do filme legendado, é só clicar AQUI.
Bom filme a todos (as)!
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ATUALIZANDO: O filme só vai passar em alguns cinemas de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Vitória (ES), Recife e agora também em Curitiba (pelo menos por enquanto), eu achei esses aqui:
SALAS E HORÁRIOS
São Paulo:
Cine Bombril - Sala 2
14h40 17h 19h20 21h40
Unibanco Arteplex Frei Caneca - Sala 6
16h30 19h 21h30 14h exceto terça
Bourbon Shopping - Espaço Unibanco 9
Horários: 14h – 16h20 – 18h50 – 21h20
Espaço Unibanco Pompeia (Perdizes) - 19:40
Cinemark Shopping Metro Tatuapé - Sala 5
Horário: 14h00
Rio de Janeiro:
Cine Estação Botafogo, 01 - 14h - 16h30 - 19h - 21h20
Estação Barra Point, 01 - 14h30 - 19h20 - 21h40
Estação Vivo Gávea - Shopping da Gávea, 03 - 15h - 17h20 - 19h45 - 22h10.
Rio Grande do Sul:
Unibanco Arteplex - 16:30, 19:00, 21:30
Vitória (Espiríto Santo):
Cine Metrópolis - às 17h (exceto quinta) e 19h
Recife:
Shopping Plaza - 12h10
Shopping Tacaruna - 19h30
Shopping Boa Vista - 20h30
Curitiba:
Cineplex Batel 3 - 13h45 e 16h00
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quarta-feira, 5 de maio de 2010
Heath Ledger se despede das telas em filme carregado de psicodelia
Nos créditos finais de "O mundo imaginário do Dr. Parnassus", antes mesmo do nome do diretor Terry Gilliam, sobe a frase "um filme de Heath Ledger e seus amigos". A homenagem é uma reverência ao ator, que morreu em janeiro de 2008, meses antes de o filme ser concluído.
Mais que o último parágrafo em seu epitáfio, no entanto, "Dr. Parnassus" é uma evidência do talento do astro de "O Segredo de Brokeback Mountain". À vontade na tela, Ledger parece livre do suposto esgotamento emocional pelo papel de Coringa em "Batman - O Cavaleiro das Trevas", que estreou seis meses depois de sua morte.
Leitura de mentes
"O mundo imaginário do Dr. Parnassus" parte da chegada de um forasteiro, o desmemoriado Tony (vivido por Ledger), à trupe do Dr. Parnassus, interpretado pelo veterano Christopher Plummer (de "Em algum lugar do passado").
Trailer Legendado:
Veja imagens de 'O mundo imaginário do Dr. Parnassus'
O grupo de teatro mambembe encena na Londres contemporânea espetáculos que leem a mente de seus espectadores. Só que o poder que permite a Parnassus interpretar o inconsciente de sua plateia e deslumbrá-la vem de um pacto de imortalidade feito com o Diabo (em criativa atuação do cantor Tom Waits).
Heath Ledger e Lily Cole contracenam em cena do filme de Terry Gilliam.
O pagamento do combinado é a posse da filha de Parnassus (na pele da novata Lily Cole) assim que ela complete 16 anos - a não ser que a trupe consiga capturar cinco almas antes da data.
Tenso com a possibilidade de ver sua herdeira nas mãos do demônio, Parnassus aceita modernizar seus shows para amealhar as almas necessárias e sofre com a exigência cada vez maior de penetrar mentes alheias.
Ledger em cenários surreais
O passeio pelos devaneios da plateia é a deixa para Gilliam (de "Os doze macacos", "Brazil - O filme" e responsável pelas animações do seriado cômico "Monty Python") desfilar seu notório apreço pela psicodelia. O visual caprichado garantiu ao filme indicações aos Oscar de direção de arte e figurino em 2009.
Christopher Plummer e Tom Waits, como Parnassus e o Diabo, respectivamente.
"Dr. Parnassus" é repleto de paisagens deslumbrantes e perturbadoras, que lembram obras de arte. Há cenas que trazem à mente desde quadros de Dalí (as quilométricas escadas de uma das perfomances oníricas da trupe se assemelham às patas de mosquito dos elefantes do artista) até pinturas de Bosch (os cenários em que o Diabo trava contato com Tony se parecem com o inferno de "O jardim das delícias terrenas").
Visual acima do roteiro
Ledger se sai bem no papel do homem que chega à companhia de Parnassus querendo esconder seu passado e passa maus bocados tentando sustentar suas mentiras. Mas a lisergia estética de Gilliam não sustenta o roteiro na ausência do ator.
Depp, Law e Farrell: trio vive o personagem de Ledger, morto em paralelo as filmagens.
Para substituí-lo, o diretor acionou Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell, que se revezam nas cenas finais, assumindo o papel do protagonista e conferindo um ar ainda mais amalucado à já insana história. Dá para notar a perda no rumo da trama, como se o filme perdesse fôlego e sentido rumo a seu encerramento.
Ao final, a impressão que fica é a de que a viagem ao fantástico mundo de Gilliam vale mais para os fãs saudosos de Ledger e para os apreciadores de produções em que o esmero visual conta mais que o roteiro.
Fonte: G1
Heath Ledger volta aos cinemas com 'Dr. Parnassus'; relembre a carreira do ator
» Assista ao trailer de 'Dr. Parnassus'
» Confira fotos de filmes com Heath Ledger
Em Dr. Parnassus, Ledger surge em poucas cenas, todas, no entanto, o desvelam mais uma vez como um ator de trabalho proeminente. O diretor do filme, Terry Gilliam, que se confessou muito deprimido após a morte de Ledger, chegou a pensar em encerrar o projeto. A solução de buscar outros atores que fizessem o mesmo papel terminou sendo bem executada e o imaginário Tony de Ledger se transforma em Johnny Depp, Colin Farrell e Jude Law.
A lembrar que, após sua morte, Ledger ganhou o Oscar póstumo de Melhor Ator Coadjuvante por Batman - Cavaleiro das Trevas (2008), pelo papel do Coringa e, segundo boa parte da crítica, teria merecido a mesma estatueta por Ator Principal com o filme O Segredo de Brokeback Mountain, de 2005.
Entre os últimos filmes de Ledger, destaque para o drama independente Candy (pouco visto) e para sua participação especial em Não Estou Lá, que reúne curtas centrados na figura do músico Bob Dylan. Entre os primeiros, inesquecíveis mesmo são a comédia romântica 10 Coisas que Odeio em Você, de 1999, quando ele fez sua estreia em Hollywood, e o épico igualmente romântico Coração de Cavaleiro, de 2001.
Fonte: Terra
domingo, 2 de maio de 2010
Terry Gilliam fala da última atuação de Ledger
O diretor fala da última atuação de Heath Ledger, que filmou Dr. Parnassus depois de ter feito o Coringa em Batman, o cavaleiro das Trevas.
O diretor e artista plástico Terry Gilliam, de 69 anos, considera-se a a ovelha negra do Monty Python, grupo de cômicos que fez sucesso nos anos 70 com um humor nonsense. “Sou o único americano”, diz a Época, por telefone, de Londres, onde ele mora desde 1969, ano em que estreou o programa Monty Python’s Flying Circus na BBC. No início, Gilliam montava as vinhetas surrealistas do programa. Logo passou a atuar e dirigir os melhores filmes do grupo, como “Monty Python e o Santo Graal (1975) e Vida de Brian (1979). Na carreira solo, ele dirigiu “Brasil” (1985), As aventuras do Barão de Munhchausen (1988) e enfrentou uma série de azares. Teve de parar as filmagens de The man who killed Don Quixote em 2001 e só conseguiu finalizar Dr. Parnassus gerenciando uma crise.
ÉPOCA Como surgiu a ideia da trama de Doutor Parnassus?
Terry Gilliam - A ideia não me ocorreu por inteiro. Ela foi surgindo de uma troca de ideias entre mim e meu parceiro de script Charles McKeown. Eu sempre quis criar um filme a partir de uma trupe de teatro ambulante – e as ideias surgiram num vaivém, a gente se comunicou por email e conversou muito até chegar a um roteiro. E novas ideias fluíram até a pós-produção.
ÉPOCA O senhor comparou as filmagens de Doutor Parnassus a um esforço de malabarismo e a atuação do elenco de livre. Como você equilibra controle e improvisação em seus filmes?
Gilliam - Se existe improvisação nos meus filmes, ela é cuidadosamente controlada. Há uma estrutura anterior que apoia o improviso. Os atores sugerem alterações, a produção procura adaptar o roteiro às locações. Eu não gosto de perder o pé das coisas. Eu sei o tempo todo o que está acontecendo, mesmo que muitas vezes pareça improviso. O equilíbrio, portanto, beneficia o controle sobre a liberdade, embora esta seja permitida! Apesar dos limites, é um método bastante lúdico de trabalhar.
ÉPOCA Doutor Parnassus contém uma critica à sociedade de consumo. Você acha o consumismo ruim?
Gilliam - Eu odeio o consumismo. Hoje as pessoas são levadas a ficar consumindo o tempo todo, pelas ruas, nos shopping centers ou na internet. Parece que é a único mundo possível para os seres humanos. No Ocidente estamos tão mergulhados nisso que nem nos damos mais conta. As pessoas já não vivem por si mesmas. Existem tantas coisas para consumir e tantas necessidades criadas, que elas vivem num permanente estado de excitação e dívida. Já não tempo para mais nada. Você precisa trabalhar dobrado para pagar suas contas porque têm que atualizar os computadores a cada três meses e fazer upgrades nos seus celulares. O resultado foi a crise econômica em que nos metemos, derivada do colapso do crédito. Para salvar o capitalismo, Gordon Brown [chanceler inglês] fez um discurso pela televisão para convocar as pessoas a voltar às ruas para fazer compras. Como se isso fosse a solução do universo. É no mínimo irresponsável. E voltamos ás ruas! E esse consumismo todo está impedindo as pessoas de ter uma vivência mais profunda em relação ao mundo. O mundo é bem mais interessante do que a imagem que faz dele a nossa sociedade hiperconsumista.
ÉPOCA Atacar o consumismo tem sido uma obsessão sua pelo menos desde Brazil (1985), em que o personagem principal rompe com o sistema. Foi um filme visionário?
Gilliam - Ele fez uma previsão previsível... Já naquele tempo o mundo se anunciava burocrático e consumista. As coisas só fizeram piorar. Talvez agora seja mais difícil romper...
ÉPOCA Na sua opinião ainda é possível salvar o capitalismo?
Gilliam - Gordon Brown e Obama estão se esforçando, e a humanidade costuma de tempos em tempos arranjar um jeito de recompor a ordem mundial de um jeito inédito. Talvez tenha chegado a hora de reconstrução do mundo, sob um novo ponto de vista, um novo modo de vida. Hora de dar uma parada para a reflexão. O capitalismo como está não será capaz de se sustentar. Não há recursos suficientes – naturais ou industriais – para continuar a satisfazer nossa fome de consumo. Uma catastrofe se anuncia, e precisamos nos mexer. Há muita gente se esforçando mundo afora para alterar a situação. Estou de acordo com o que Bono profetiza: “A pobreza é o futuro”. Vamos ter de viver de maneira mais modesta.
ÉPOCA Você considera Doutor Parnassus a sua obra mais pessoal?
Gilliam - Não, porque tudo o que fiz até hoje é essencialmente pessoal. Sou um diretor-autor. O que procuro é produzir filmes criativos e inovadoras que possam sugerir uma expansão da mente e da criatividade das pessoas. Não conseguiria fazer outra coisa. De certa forma, Doutor Parnassus é o meu filme mais transparente. Ali está tudo o que penso sobre o cinema, sobre o mundo e a fantasia.
ÉPOCA Por falar nisso, é verdade que você retomou o projeto de filmar Don Quixote?
Gilliam - Sim. Estamos voltando ao trabalho depois de sete anos. Retomei o roteiro e já o finalizei. Agora temos que buscar recursos.
ÉPOCA É uma fase difícil, especialmente para um cineasta de arte, não?
Gilliam - Não, tudo faz parte do negócio. Não adianta pensar em fazer um longa-metragem sem passar pelo estágio da captação de recursos.
ÉPOCA Por que o senhor escolheu o tema do teatro para filmar?
Gilliam - Eu amo o teatro, embora não vá tanto assistir a peças. Gosto mais do que frequento. O teatro sempre fez parte de meus filmes. Basta lembrar O Barão de Munchausen, que também tem como personagens atores de teatro mambembe. Os atores vivem um drama, porque eles lutam para serem vistos e ouvidos, eles querem atingir as pessoas, abrir os olhos do público para novas sensibilidades - e ninguém dá a mínima para eles. A trupe do Doutor Parnassus percorre Londres com suas peças mágicas e antigas, e só encontra pela frente um público brutalizado e burro. Mas não é só Londres. Vejo isso no mundo todo. É uma pena porque o teatro tem a capacidade de mudar a cabeça das pessoas, alterar profundamente a sensibilidade.
ÉPOCA Você acha que o gosto pela grande arte decaiu neste século?
Gilliam - Sem dúvida. Já não existe a mesma sensibilidade do passado. As pessoas perderam o foco, já não se concentram como antes e o interesse pela arte é mais comercial do que essencial, vamos dizer assim. Hoje as galerias de arte querem alcançar os lances mais altos em leilões, e o conteúdo da arte ficou de lado. O cinema de arte também tem saído de cena... O padrão de gosto ficou mais cínico e superficial.
ÉPOCA Por que em seus filmes a fantasia sempre subverte a realidade, e a coloca em segundo plano? Não é escapismo?
Gilliam - Claro que não. A fantasia é uma coisa fundamental na vida. Seria quase impraticável existir sem sonhar e imaginar, sem viver no mundo paralelo dos devaneios. A fantasia tem um papel decisivo em todos as atividades humanas. Os grandes saltos científicos surgem da imaginação e da fantasia. A ciência progride por meio de saltos poéticos. Atualmente os meios de comunicação, da televisão à internet, estão transformando a visão de mundo. Tenho um filho de 12 anos. Moramos no centro de Londres, a cem metros de uma rua de comércio, num ambiente seguro e protegido. O menino não consegue ir à rua porque só quer ficar vendo televisão e navegando na internet. Isso cria um falso contato com a realidade. E a realidade é bem mais interessante.
ÉPOCA A internet não abriu uma janela para o mundo?
Gilliam - Sim, estamos mais conectados do que nunca e fluxo de informações é imenso. Poderia ser interessante, mas o que circula é fofoca, sexo e notícias a maior parte falsa. Leva muito tempo filtrar a boa informação, e ela existe aos montes, obviamente. Mas eu, para te dizer a verdade, odeio a internet. Odeio usar internet, odeio até mesmo usar email porque isso me tira o tempo que preciso para meus projetos e o que gosto de fazer. Se a gente não toma cuidado, a internet nos transforma em pontos de uma enorme rede. Eu não quero ser só um ponto. Pefiro ser eu mesmo, offline. Sou um sujeito “green”, ecológico, que gosta do mundo real e da fantasia inteligente. (risos)
ÉPOCA O que é computação gráfica e animação à mão em seu filme?
Gilliam - Eu quero que o espectador fique em dúvida sobre os efeitos visuais no filme. Usei os dois métodos, sem que nenhum deles seja um fetiche, apenas ferramentas de trabalho. Comecei minha carreira como animador, então me preocupo muito com o tema.
ÉPOCA Você acha que é possível um casamento entre os dois métodos?
Gilliam - É o que tenho tentado. A computação gráfica não é um demônio a ser exorcizado, nem a animação à mão a panaceia universal. Toda técnica, digital ou tradicional, tem de ser usada em benefício de um aspecto que não deve jamais ser esquecido: a imaginação do artista. É ela que determina os instrumentos de trabalho, não o contrário.
ÉPOCA Como foi lidar com a morte do ator Heath Ledger no meio das filmagens?
Gilliam - Foi um momento terrível, uma grande tragédia que se abateu sobre a equipe. Heath morreu durante uma pausa que deu em Nova York entre as filmagens de Londres e as que faríamos no Canadá. Pensei em parar tudo, porque Tony [o personagem interpretado por Ledger] era central na história. Tivemos então de reformular o roteiro. Faltavam sequências importantes, mas quase todas se passavam no lado de lá do espelho mágico do doutor Parnassus, no universo da fantasia, onde tudo é possível. Então Charles (McKeown) e eu chegamos à solução do impasse: resolvemos convidar os amigos de Heath para preencher suas atuações no mundo da fantasia. Jonnhy Depp, Jude Law e Colin Farrell se encaregaram do papel, oferecendo assim um rosto variado e mutante para Tony do lado de lá do espelho. Acho que o filme ganhou em poesia. Não imaginava que Heath nos deixasse tão jovem, e muito menos em um filme meu. Ele estava vivendo um momento especial, de descoberta de novas possibilidades de atuação. No começo do filme, ele estava vivendo o Coringa, de Batman, o cavaleiro das trevas. Este papel mexeu profundamente com ele, ele até se assustou com o que era capaz de fazer. Ao interpretar Tony, ele traduziu a experiência de Coringa numa explosão criativa que aconteceu com seu Tony em Doutor Parnassus. Ele inspirou o elenco e a equipe. Heath foi um ator extraordinário, cuja evolução jamais conheceremos.
ÉPOCA Você, que já fez Brasil, conhece o Brasil?
Gilliam - Não, nunca viajei ao Brasil. Para mim o Brasil tem uma enorme importância simbólica. É o paraíso, é “Aquarela do Brasil”, a concretização da utopia. Quem sabe eu não filme uma sequência de Brasil, Brasil 2, in loco durante a Olimpíada de 2014? (risos)
Fonte: Revista Época
No mundo de Parnassus
No meio das filmagens, em 2008, um duro golpe obrigou a produção a ser ainda mais criativa. O australiano Heath Ledger, que tinha um dos principais papéis na trama, morreu, depois de acidentalmente exagerar na dose de medicamentos para dormir. Arrasado, o diretor pretendia cancelar o filme. Ledger, então com 29 anos, estava no auge. Seu desempenho como Coringa gerava tremenda expectativa a poucos meses da estreia de Batman - O Cavaleiro das Trevas (o papel lhe rendeu o Oscar póstumo de ator coadjuvante no ano passado). Foi então que a equipe resolveu encarar Dr. Parnassus como homenagem ao jovem e voltou aos estúdios.
O contexto fantástico do longa-metragem ajudou na continuidade sem o ator. Tony, o personagem de Ledger, é um tipo misterioso por quem Valentina se apaixona. Ele é aceito na companhia de teatro e passa a fazer parte das apresentações. A cena em que Ledger entra no espelho mágico de Parnassus serviu de base para a reviravolta. O diretor imaginou então que cada vez que Tony repetisse a experiência, apresentaria novas características. Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell foram escalados para viver as novas faces do personagem. O trio doou o cachê para Matilda, única filha de Ledger, hoje com 4 anos.
Fonte: Diário do Grande ABC
Batman - The Dark Knight entre as melhores sequências do cinema
O filme Star Wars: Episódio 5 - O Império Contra-ataca, produzido por George Lucas em 1980, foi eleito a melhor sequência de todos os tempos.
O longa chegou ao primeiro lugar da pesquisa da Lovefilm com 19% dos votos e deixou em segundo lugar o filme O Exterminador do Futuro 2, de James Cameron, lançado em 1991. Em terceiro, aparece O Poderoso Chefão 2, dirigido em 1974 por Francis Ford Coppola.
Em quarto lugar ficou um dos filmes mais bem sucedidos da franquia Batman, Batman - O Cavaleiro das Trevas, dirigido em 2008 por Christopher Nolan e famoso por ser um dos últimos filmes do ator Heath Ledger, morto em 2008.
O Império Contra-ataca já era considerado pelos fãs o melhor filme da série Star Wars, com a batalha no planeta gelado de Hoth, o treinamento de Luke Skywalker por Yoda e o momento chocante no final do filme, quando Darth Vader revela que é o pai de Luke.
O longa foi lançado depois de Star Wars: Episódio 4 - Uma Nova Esperança, lançado em 1977 e que iniciou a saga Star Wars. A saga ainda teria Star Wars: Episódio 6 - O Retorno de Jedi, em 1983 e, a partir de 1999, George Lucas retoma a saga com o lançamento dos três primeiros episódios, A Ameaça Fantasma, Ataque dos Clones e A Vingança dos Sith.
"Não há como vencer Star Wars, e os fãs participaram muito de nossa pesquisa para estabelecer seu primeiro lugar, como melhor sequência de todos os tempos", afirmou Helen Cowley, editora da página da Lovefilm.
"As sequências de filmes nos dão a chance de ver novamente os personagens de volta à tela, mas é difícil encontrar uma sequência à altura do primeiro filme", acrescentou.
Lista completa:
1. Star Wars Episódio V: O Império Contra Ataca (1980)
2. O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final (1991)
3. O Poderoso Chefão: Parte II (1974)
4. Batman: The Dark Knight (2008)
5. Aliens (1986)
sábado, 1 de maio de 2010
Filmes de Heath Ledger na TV em Maio
06/05 (Quinta) - Casanova - TNT, às 22h00.
06/05 (Quinta) - Não Estou Lá - Telecine Pipoca, às 01h25.
09/05 (Domingo) - O Segredo de Brokeback Mountain - MGM, às 12h00.
10/05 (Segunda) - O Segredo de Brokeback Mountain - MGM, às 04h00.
10/05 (Segunda) - Honra & Coragem - As Quatro Plumas - HBO, às 15h15.
11/05 (Terça) - Batman - O Cavaleiro das Trevas - HBO, às 18h15.
13/05 (Quinta) - Honra & Coragem - As Quatro Plumas - HBO 2, às 19h40.
13/05 (Quinta) - Candy - HBO 2, às 22h00.
15/05 (Sábado) - Honra & Coragem - As Quatro Plumas - HBO, às 15h10.
15/05 (Sábado) - Batman - O Cavaleiro das Trevas - HBO 2, às 22h00.
17/05 (Segunda) - Honra & Coragem - As Quatro Plumas - HBO, às 11h00.
19/05 (Quarta) - Batman - O Cavaleiro das Trevas - HBO 2, às 19h15.
20/05 (Quinta) - Batman - O Cavaleiro das Trevas - HBO 2, às 23h05.
22/05 (Sábado) - O Segredo de Brokeback Mountain - MGM, às 00h10.
23/05 (Domingo) - Batman - O Cavaleiro das Trevas - HBO 2, às 18h20.
24/05 (Segunda) - Honra & Coragem - As Quatro Plumas - HBO 2, às 12h00.
27/05 (Quinta) - Honra & Coragem - As Quatro Plumas - HBO 2, às 13h15.
27/05 (Quinta) - Batman - O Cavaleiro das Trevas - HBO 2, às 22h00.
30/05 (Domingo) - Honra & Coragem - As Quatro Plumas - HBO, às 13h40.
30/05 (Domingo) - Os Reis de Dogtown - VH1, às 22h00.
31/05 (Segunda) - Batman - O Cavaleiro das Trevas - HBO, às 17h15.
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Também postado na Comunidade do Orkut: Heath (O Sorriso Inesquecível)