sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Refletindo sobre nossas escolhas

Escolha não é algo imposto por uma força ditatorial. Para escolhermos precisamos ter liberdade de opção. Vejamos alguns exemplos onde a escolha não é livre, mas fruto de designíos controlados por outros. [...]

Vamos analisar um filme onde os heróis tinham uma possibilidade de escolha e o que aconteceu por falta de coragem em assumir (literalmente) uma posição perante sua história.

No filme Brokeback Mountain (Dir. Ang Lee, 2005; com Heath Ledger e Jake Gyllenhaall), os dois personagens principais desenvolvem uma relaçao homosexual no isolamento das montanhas de pastagem de ovelhas em Wyoming, no interior profundo dos Estados Unidos. A história se passa no ano de 1963. Ao final da temporada de inverno (e de amor) na montanha, os dois resolvem se separar e jamais têm coragem de assumir seu relacionamento. Casam com mulheres, têm filhos, mas continuam a se encontrar secretamente nas férias e viajam para as montanhas, a pretexto de pescar, para viver alguns dias de amor. Claro que era muito mais dicícil assumir a condição homossexual no início da década de 1960, no interior dos EUA, entre cowboys machões, do que assumir tal condição em 2009, sendo, por exemplo, vendedor de roupas caras e descoladas em uma boutique de luxo nos Jardins, em São Paulo. Mas os cowboys tiveram a possibilidade de escolha. Um deles propõe mudança para a Califórnia, em São Francisco, uma cidade liberal onde os movimentos beat e hippie, já no final da década de 1960, começam a mudar a face das estruturas sociais e a permitir novos estilos de vida. Mas o outro não aceita. Sente medo ou vergonha e se retrai em sua condição solitária, especialmente depois que sua mulher descobre o segredo que o une ao seu amigo. O filme retrata como a falta de coragem para assumir uma determinada escolha pode levar à infelicidade e à frustração.

Artigo completo: Hotelier News